sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Sobre o meu amor por Bali (e um pouquinho da saudade que às vezes bate no peito)


E eis que estou cá a pensar novamente: o mundo é muito grande. A cada olhadinha que eu dou no mapa, dessas desastrosas aventuras de Google Maps, vejo que os templos de Borobudur estão a menos de uma hora e talvez nem queira ir, que a Austrália é logo ali, que a China é logo aqui, que o Japão está a duas ou três horinhas de vôo, que o moço acabou de chegar da Mongólia, que a menina estava surfando em Sumatra e se eu quiser dar uma passadinha em Cook Island ou Samoa talvez seja possível, por que não Timor Leste ou Filipinas?, Burma também cairia muito bem. Outra viagem possível, e que não sai dos meus pensamentos, seria ir por terra do norte da Tailândia, via Myanmar e Bangladesh, até o mais escondidinho canto da Índia ou do Butão, com paradinha no Nepal para ver o sol nascer ao pé do Himalaia e fechando o dia orando por qualquer coisa que seja no Tibete. E ainda tem Laos, Camboja e Vietnã, outros dos muitos sonhos que estou prestes a realizar.


E eis que então novamente tudo meio que muda num piscar de olhos: o mundo é pequeno pracaramba e tudo está logo aqui embaixo do nariz. Pois, quando penso que estou do outro lado do planeta - e que ainda assim posso conversar quase que instantaneamente com todos os queridos distantes -, sinto um aperto de urso no peito também, porque muito embora seja possível postar fotos e textinhos livres como esse, conversar e lançar beijos ou piscadinhas marotas, jamais poderia tocá-los ou estender-lhes as mãos a que venham pegar uma praia mais tarde em Padang, passear num elefante no norte da ilha, fazer uma aula de culinária balinesa ou ao menos dividirmos uma boa Bintang em um boteco qualquer.  

Estou com saudades de casa, sim, volta e meia me pego pensando no carnaval. O churrasco que fizeram na semana passada quase me fez desabar de tanta vontade. Mas, quando lembro que o mundo é agora e que esse agora é a minha casa também, ao menos por hora, fecho a mala e sigo sem muito tramar. Estou pensando seriamente em passar alguns dias num Ashram antes que volte pra Tailândia, quero muito tomar uma cerveja com Thiago e Flávia em breve, mas a Indonésia ainda é o meu lugar. Suksma, Bali. Já te amo pra sempre e ainda não chegou nem na metade. 

2 comentários:

  1. ...e olha que, com o tempero especial turco, todas as carnes ficaram com um sabor surpreendente! Contudo, os carnavais, os churrascos, os encontros, estarão sempre aqui...portanto, aproveite o aí, o agora e o diferente, porque o aqui já está reservado para depois. Seja lá quando isso for...abraços!

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    1. dá-lhe que o solar da lili sempre poetiza o meu coração! =)

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