Amo o carnaval, respiro carnaval, espero pelo
carnaval. Sou folião assumido, vou a todos os blocos, mato trabalho só para
farrear, já quebrei um pé, esqueci de coisas, conheci muita gente fina,
elegante e sincera, fui feliz em quase todos os vinte e nove carnavais que já
passaram pela minha vida. Alguns em Minas, outros no Rio, às vezes na rua, às
vezes no mar. Mas, nunca fora do Brasil. Nunca longe dos meus amigos. Esta será
a primeira vez e pior, talvez dissesse-me o outro, justo no ano em que faço
trinta.
Medo? Solidão? Saudade? Inveja de quem vai estar em beagá? Talvez um pouco de tudo. Mas, mesmo assim, decidi ir diferente. Nesse ano, eu vou de mochila. E sabe-se lá o que vai ser dos próximos dias, certo mesmo é que vou estar bem longe do Brasil, quem sabe na Indonésia, na Tailândia ou no Laos, quiçá Camboja ou Vietnã. O meu carnaval é aqui, já está sendo, e existe uma felicidade bem grande lá no cantinho das entranhas que adora berrar ao saber da nova fantasia.
Nesse ano, vamos juntinhos: eu, ela e todas as
angústias desses quase trinta, com uma pitadinha dos sonhos, dos novos amigos e
das tantas histórias que já tenho para contar. Nada tem pesado tanto,
não mais que a vontade de seguir, e mochilar para mim, no final das contas, tem sido tipo carnaval mesmo.
Com meia dúzia de roupas, algumas cervejas e um bom sorriso no rosto eu tenho resolvido mais da metade do
que preciso para viver. De resto, o que vier é festa.
Obs: e para quem não entendeu nada dessas fotos lindas, é pra já ficar a dica do próximo post, que será sobre Istambul, um dos lugares que mais amei na terra. Na primeira, estou na Mesquita Azul, a segunda é uma "Mesquitinha" charmosíssima colada na Hagia Sophia e a terceira é uma pitadinha do Bazar das Especiarias... "Istanbul. They call it chaos, we call it home".
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